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BragaBraga para Todos denuncia casos de droga e prostituição no Picoto

Braga para Todos denuncia casos de droga e prostituição no Picoto

O Braga para Todos voltou a denunciar o aumento de tráfico e consumo de droga no Monte Picoto. O movimento acusa a Câmara Municipal de Braga de “demagogia” por “ocultar a realidade existente no local”.

“O consumo de droga no Picoto é visível, o que faz com que menos bracarenses usufruam deste espaço que deveria ser um espaço verde da cidade. Há pessoas a drogarem-se a céu aberto, como também há prostituição. Onde anda a Polícia? Há meses que a entrada Poente do Parque do Picoto está encerrada,  tal como o largo que surge na interceção com o acesso da entrada Norte, que também está vedado. Porém, estas vedações improvisadas pelo Município mostram-se ineficientes porque os consumidores de droga conseguem facilmente ter acesso a toda a área, inclusive o Parque Radical e o Bar”, refere Pedro Pinheiro Augusto, do Braga para Todos.

O membro do Braga para Todos fala em “incompetência e facilitismo” por parte da Autarquia. “Em Braga há a tradição de se gastar dinheiro público, fazer inaugurações e deixar os projetos abandonados. O Picoto está novamente naquilo que sempre foi: uma sala de chuto a céu aberto, onde há zero de policiamento, ausência de limpeza da Agere, várias seringas e os restos dos kits SIDA que são cedidos pela Cruz Vermelha”, alerta Pedro Pinheiro Augusto, que adianta que o movimento já apresentou propostas à Autarquia, mas que não obteve resposta.

“Já defendemos publicamente a criação de uma Sala de Consumo Assistido, vigiado ou supervisionado, previstas na lei desde 2001, onde os toxicodependentes podem consumir droga estando vigiados por técnicos e tendo à sua disposição material descartável. Os toxicdependentes estariam vigiados e a população estaria mais protegida, uma vez que o consumo de droga seria afastado de locais públicos”, acrescenta.

Em Lisboa já existe uma sala de consumo assistido móvel desde abril de 2019 que serve várias freguesias, onde os toxicodependentes, além de consumir em condições higiénicas, têm acesso a consultas de saúde e de assistência social para ajudar na reestruturação e reintegração. “Braga deveria fazer parte do grupo de cidades que participam nesta iniciativa progressista para lidar com um problema que é reconhecido como de saúde pública e pugnar pela criação desta realidade, dando solução, não só aos anseios dos residentes da população vizinha do Picoto, mas também de outros locais. Poderia até conjugar esforços com concelhos vizinhos que também padecem deste problema público, criando sinergias e rentabilizando os meios”, conclui Pedro Pinheiro Augusto.

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