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Associações pedem ao Estado proteção adicional para doentes crónicos e cuidadores

A Plataforma Saúde em Diálogo, que representa várias associações de doentes de todo o país, enviou uma carta à Presidência da República e ao Governo para pedir ajuda para a criação de um regime de proteção adicional para os doentes crónicos. Em destaque nesta carta está a revisão das condições de trabalho das pessoas altamente vulneráveis e uma proteção especial para os cuidadores informais.

“Os últimos tempos têm trazido às associações cada vez mais testemunhos de pessoas com doença crónica, altamente vulneráveis e com pouca imunidade, que, pelas características das suas funções, não podem optar pelo teletrabalho (auxiliares de ação direta, empregados de supermercado, por exemplo) mas que poderiam beneficiar de medidas de flexibilização na prestação de trabalho, nomeadamente em termos de horários que lhes permitissem continuar na vida ativa, conciliando o trabalho com especificidades da sua patologia”, pode ler-se.

Relativamente aos cuidadores informais, as associações lembram que “permanecem sem proteção social ou reconhecimento de qualquer espécie, e, em tempo de pandemia, viram-se forçados a faltar ao trabalho para ficar em casa a cuidar dos seus familiares, muitos dos quais utentes de centros de dia ou outros equipamentos sociais encerrados”.

As associações de doentes reconhecem, no entanto, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas entidades governamentais e autoridades de saúde e salientam certas medidas excecionais já implementadas e que permitiram dar resposta a situações já existentes e que subsistirão depois da crise. Como exemplo referem o acesso de proximidade a medicamentos hospitalares, a possibilidade de renovação da prescrição de medicamentos para doentes crónicos, as medidas de flexibilização da prestação de trabalho ou ainda o recurso à telessaúde.

Ainda de acordo com a mesma carta enviada, será necessário “assegurar o acesso, em condições de segurança e de equidade, a todos os que por ficaram para trás, vendo os seus diagnósticos adiados, as suas consultas, tratamentos, intervenções cirúrgicas canceladas ou adiadas e, inevitavelmente a sua saúde a degradar-se irreversivelmente”. Por isso, a Plataforma considera que “é premente dar corpo à Estratégia para a Retoma da Saúde de Todos”, juntando “os recursos e a capacidade de todos os intervenientes do sistema: setor público, privado e social. As organizações de pessoas com doença estão na primeira linha desta tarefa”.

Esta carta foi enviada através da Plataforma Saúde em Diálogo – Associação para a Promoção da Saúde e Protecção na Doença, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que representa doentes crónicos, consumidores de cuidados de saúde, promotores e profissionais de saúde.

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