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CDS propõe novo modelo de telescola para minorar problemáticas da suspensão letiva

O CDS veio propor um novo modelo de telescola para minorar as problemáticas da suspensão letiva. Perante o atual quadro que o país e o mundo atravessam, foram muitos os setores que estagnaram. Entre eles a comunidade académica nacional que foi a primeira a encerrar universidades, seguindo-se o cancelamento da atividade letiva no ensino obrigatório. Estas foram medidas excecionais para enfrentar um tempo excecional.

Na ótica dos centristas, a conjuntura nacional e até mundial é atípica e urge que se cogitem estratégias para minorar os consequentes danos. “Concentremo-nos, pois, no estado da arte do ensino à distância. As escolas encerraram (e bem) sendo preciso, no imediato, solucionar as problemáticas que advêm da suspensão letiva. As crianças foram para casa e os pais dispensados do seu ato laboral para cuidarem e acompanharem os filhos”, diz Altino Bessa, presidente da Concelhia do CDS e Vereador do Município de Braga.

“É certo que o ensino à distância foi a solução mais premente. Todavia, as semanas vão-se esvaindo no tempo e as crianças e jovens portugueses têm que continuar a estudar os conteúdos programáticos. Neste momento contam com o apoio direto dos encarregados de educação e com o auxílio do professor titular de turma (no caso do 1º ciclo), mas que à distância não se efetiva de forma simples e eficaz”, acrescenta.

De acordo com Altino Bessa, “ninguém estava preparado para este cenário: nem professores, nem pais, e muito menos alunos. Admitimos que o ensino à distância se revelou a solução mais adequada. Contudo, à medida que os dias passam, os recursos dos encarregados de educação esgotam”

O centrista ressalva que “uma das lacunas do modelo de ensino à distância é o facto de não chegar a todos. Nem todos os alunos e famílias portuguesas dispõem de materiais pedagógicos e didáticos para proceder a este método de ensino. Com base na premissa do ‘ensino para todos’, propomos que o Governo estruture a implementação da designada telescola que, durante quatro décadas, integrou o sistema de ensino nacional. Propomos uma telescola adaptada ao “tempo moderno” como um suplemento educativo, dinamizando a educação através do serviço público de televisão. A nossa asserção consiste, mais especificamente, na criação de um núcleo de professores definido pelo Ministério da Educação que oriente a ‘televisão educativa’. Uma equipa de trabalho que crie materiais didáticos a partir dos recursos digitais e de acordo com os conteúdos programáticos definidos no currículo nacional. Conteúdos pensados, por exemplo, para um período diário. Pela manhã, as crianças do 1º ciclo estariam em telescola. Durante a tarde dedicar-se-iam à concretização das tarefas solicitadas pelo professor desta. Seria um programa de formação geral que deveria incluir os conteúdos de história, português, língua estrangeira, matemática, entre outras matérias respeitantes ao currículo”.

Para Altino Bessa, esta “seria uma forma de organizar o ensino à distância, minimizando as desigualdades, entre, por exemplo, quem tem um computador em casa e quem não tem. Em consonância com a telescola, os professores titulares ficariam responsáveis por disponibilizar conteúdos aos alunos e, em articulação com os encarregados de educação, procederem ao acompanhamento do estudo”.

Nas palavras de Altino Bessa, “no ensino à distância não basta os professores que, temos que salientar, têm feito um enorme esforço para chegar a todos, enviarem trabalhos aos alunos. É preciso dar um passo à frente, aproveitando as ocasiões de educação não formal. Acredito que este método revelaria, sobretudo, a capacidade do sistema educativo (em regime excecional) ter uma distribuição ‘tentacular’ e fomentadora do combate às assimetrias sociais. Expectamos que pensem o sistema educativo para a realidade extraordinária que vivemos”.

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